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Governo diz que o suposto atentado visa travar a refundação do Estado e promover criminalidade transnacional

O Governo da Guiné-Bissau qualificou a suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 1 de Fevereiro corrente como sendo a forma de travar a refundação do Estado guineense. Em consequência do suposto golpe morreram 11 pessoas entre civis, militares e paramilitares e o Governo cita Braima Djaló como sendo um dos agressores. O Governo não esclareceu no seu comunicado se foi criada alguma Comissão de Inquérito, mas avança que existem muitos intentos de criminalidade transnacional.

No comunicado resultante do Conselho de Ministros, pode ler-se que, o Governo foi surpreendido por um ataque armado e violento, perpetrado por pessoas desconhecidas trajando a paisana. Segundo o comunicado lido na voz do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, o modo da actuação da força agressora revela claramente que, o propósito do ataque armado era assassinato de todas as autoridades presentes na sala e a decapitação do Estado com o assassinato do Presidente da República o que provocaria o caos político social em benefício dos interesses inconfessados.

“A robustez dos meios e munições usados pelos agressores demonstram que esse atentado a Ordem Constitucional foi planeado com  rigor tendo contado com o financiamento de sectores com capacidade financeira para a mobilização de tal quantidade de meios materiais, logísticos e humanos”, lê-se no comunicado lido por Fernando Vaz, ministro da Presidência do Conselho de Ministros.

Depois de saudar as forças de defesa e segurança por aquilo que considera de estoicismo e sentido republicano ao conseguirem fazer abortar essa hedionda e inaudita tentativa de assassinato colectivo dos dirigentes do Estado, visando no imediato provocar o caos, facilitar o caminho ao crime transnacional organizado e bloquear o processo de refundação do Estado, de reformas políticas, bem como o da construção em curso da nova imagem do país pelas autoridades da Guiné-Bissau implementadas pelo Presidente da República e o Governo. “O Governo lamenta a perda de jovens vidas humanas, sacrificadas em defesa da legalidade democrática e da ordem constitucional, e, endereça as mais sentidas condolências as famílias enlutadas, na certeza de que o sacrifício consentido por esses jovens e valentes heróis, não será em vão”, destaca o comunicado.

 

Braima Djaló “o agressor”

Nas contas do Governo, ao todo perderam a vida 11 pessoas entre militares, polícias e civis. Apesar de não se apontar o responsável pelos tumultos, o Governo indicou Ibraima Sori Djaló como agressor, suspeitando que terá sido aquele que foi eleito como cabecilha da suposta intentona.

dos nomes elencados pelo Governo como vítimas do golpe, destacam-se, Abubacar Seco Camará, Ibraima Carlos Silva e Dogna Sigá (militares), Ibraima Sori Djaló (Polícia), Dequer Felipe Mbana e Marvino Varela (Seguranças do PR), Azulinha Daizi (Segurança do PR), Mamadú Uri Djaló, Hipólito Djatá e Telma Djamanca (Civis), sendo Braima Djaló o agressor.

Quatro dias depois, oficialmente não se pronunciou o nome de quem é o líder do golpe, mas a verdade é que, no comunicado do Governo, na alínea c) consta o nome de Braima Djaló do Ministério do Interior como um dos agressores. Tal implica que, a suposta tentativa de golpe de Estado terá sido atribuída ao mesmo.

Sem esta precisão, o documento lido por Fernando Vaz garante no ponto 6 a Comunidades Nacional e Internacional de que as autoridades legítimas têm o controlo da situação em, todo o território nacional onde reinam a calma e tranquilidade. “O Governo reitera a sua determinação de construir um país novo, onde imperam a lei, a justiça e a igualdade para os filhos da Guiné-Bissau. Deste modo, o Governo não hesitará em utilizar todos os meios legais a sua disposição para garantir a segurança das instituições e a tranquilidade do seu povo. Na democracia, o poder político conquista-se nas urnas”, refere o ponto sete do comunicado.

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