Política

PR ‘omite a Constituição’ participa na CP do MADEM para evitar conflito com militantes e esclarecer a situação do PTG

O Presidente da República omitiu barreiras Constitucionais e participou na reunião da Comissão Permanente do Movimento para Alternância democrática que decorreu na casa de Luís Oliveira Sanca no princípio da tarde do dia 21 de Dezembro. A reunião tinha como objectivo tratar-se da latente a crise que envolve o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló com o MADEM, partido que apoiou a sua eleição em 2019, mas principalmente o comportamento de alguns militantes. Antes da reunião, o PR exigiu a cúpula directiva do MADEM, a expulsão do deputado Manuel Irénio de Nascimento, vulgo Manelinho, daquela formação política e a contenção verbal de alguns deles, como é o caso de José Carlos Macedo. Umaro Sissoco Embaló terá condicionado aos altos dirigentes do partido que, a sua continuidade dependeria da saída de Manelinho, deputado que há cerca de duas semanas pediu ‘Impechement’ contra o Chefe de Estado por ter assinado acordo cladestino com o Senegal.

No dia 20 de Dezembro, o PR disse a imprensa que, MADEM é um partido por ele criado, e não Braima Camará como muitos andam a dizer e qualquer um que quiser acabar com o mesmo seria expulso. Umaro Sissoco Embaló disse ainda que, muitos que agora falam do partido não têm legitimidade e nem sabem como é que o mesmo foi idealizado.

Como forma de evitar este mal-estar, o Partido decidiu organizar uma reunião de Comissão Permanente para tratar deste e demais assuntos. Fontes do MADEM se divergiram nos resultados finais da reunião. Uns avançaram que, a reunião foi inclusiva, outros garantiram que tudo terminou às maravilhas. O que é certo é que a crise persiste e os militantes estão longe de falar a mesma linguagem. A contradição entre o MADEM e o PR é em várias direcções. Na hora em que decorria a reunião da Comissão Permanente, José Carlos Macedo, a saída de um outro encontro da Comissão Permanente da ANP, acusava o PR de estar a buscar subterfúgios de dissolução da ANP, através de manipulações ao deputado Nhiribui com alegada compra de consciência. O deputado convidou mesmo Umaro Sissoco Embaló a demolir todo o edifício.

Quanto ao caso Manelinho que terá irritado mais o Chefe de Estado, recorrentemente tem lançado fortes advertências sobre os desmandos de Umaro Sissoco Embaló no interior do partido, e faz parte do grupo que frontalmente atacou a posição do Chefe do Estado durante o Conselho Nacional e votou favoravelmente a anulação do acordo.

A nossa fonte garantiu que, depois das exigências de Umaro Sissoco Embaló, o MADEM também se colocou na posição de força por sua vez exigiu ao PR a demissão do ministro do Estado do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé do Governo e o seu recuo na estruturação da sua nova formação política que recentemente realizou o Congresso.

É convicção de significativo número de dirigentes do MADEM que, diz a nossa fonte, o Chefe de Estado é um dos mentores do projecto político liderado por Botche Candé. Segundo fontes do partido, o PR disse perante a todos, na Comissão Permanente do MADEM que “não tem qualquer ligação com o PTG”.

Relativamente ao partido liderado por Botche Candé, terão ficado promessas do PR em como, vão criar Comissão Negocial para persuadir Botche Candé para não avançar com os demais actos restantes na constituição do seu partido. A reunião da Comissão Permanente terminou num impasse e há mesmo relatos em como, a mesma foi interrompida devido o exaltar de ânimos entre o Chefe de Estado e o deputado.

A possibilidade de Manelinho ser expulso é remota e nunca ganhou alguma força, porque a maioria dos membros da Comissão Política, revoltados com as actuais posições do PR, preferiram colocar-se ao lado do parlamentar.

Para contrariar ainda mais esta pretensão do Chefe de Estado, entra o factor poder a nível interno. Manuel Irénio Lopes de Nascimentro, faz parte dois dirigentes que recentemente foram nomeados por Braima Camará, para supervisionar as regiões. No caso do deputado em causa, será ele o supervisor para a região de Oio.

 

Manelinho leva vantagem contra Sissoco

No seio do MADEM, a decisão está tomada. A vontade de Umaro Sissoco Embaló de ver Manelinho ser expulso não vai acontecer. A sua importância para as manobras do partido neste momento é mais relevante. O acontecerá é que, Manelinho na qualidade de supervisor do MADEM para a região de Oio, será promovido como membro da Comissão Permanente. A concretizar essa pretensão será uma dura derrota política do Chefe de Estado.

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