Os sindicatos dos professores agrupados na frente comum, denunciam irregularidades no processo da efetivação dos professores, sobretudo no que diz respeito a autenticação dos documentos, que decorreu na Organização Mundial de Saúde, assim como nos serviços de registo criminal. Segundo Alfredo Biaguê, líder de Sindicato Democráticos dos Professores, o processo que decorreu nas semanas passadas, não dignifica os professores, porque foram submetidos a castigo demasiado.
Em conferência de imprensa realizada esta Terça-feira (22), o líder sindical disse que o processo de efetivação foi muito apertado. “Primeiro cronograma definido pelo Ministério da Função Pública foi de 2 a 6 de Fevereiro, depois de tomarmos conhecimento sobre aquilo fizemos algumas diligências juntos das autoridades competentes na matéria. Neste caso mantivemos um encontro com o Director-geral de Ministério da Educação, depois com o Diretor-geral da Função Pública, foi daí que prorrogaram a data”, explicou Alfredo Biaguê.
Apesar da prorrogação, Alfredo Biaguê disse que continua-se a verificar grandes aglomerações dos professores em diferentes locais de autenticação. “Processo continua a ter sobressaltos, porque abrange seis mil e cento e desasseste professores. Mas é importante que se esclareça que, não se trata apenas dos professores que são abrangidos pelo processo. São todas as pessoas afetos ao Ministério da Educação, pelo que pedimos a suavização do processo”, pediu o sindicalista.
Alfredo Biaguê disse que uma delegação de frente comum visitou as cidades de Bafata e Gabu para acompanhar de perto, o processo de entrega dos documentos. “O que constatamos nessas duas regiões é que os professores continuam a deparar-se com grandes dificuldades. As informações disponíveis são contraditórias, alguns têm a informação de que os documentos originais não precisam de autenticação, mas no terreno estão a pedir autenticação dos documentos originais, pelo que muitos foram obrigados a voltar atrás para autenticar documentos originais”, informou.
Biaguê afiançou que o processo foi muito custoso para o bolso dos docentes, porque o dinheiro do mês de Janeiro já havia acabado e ninguém tinha recebido o mês de Fevereiro. Alfredo Biaguê falou da questão geográfica que também foi em muito dos casos um calcanhar de Aquiles, porque segundo ele muitos professores são colocados fora das suas regiões de nascença.
O líder sindical pediu tratamento digno aos professores porque são seres humanos pelo que devem ser tratados de forma integro e transparente. Biaguê disse não entender a suspensão das aulas, porque os professores foram obrigados a aglomerar e uma das justificativas de Alto Comissário para a COVID foi que os professores de algumas escolas estão infectados, e questionou se esses não podiam infectar os outros colegas e funcionários da administração pública.
Sobre a situação dos novos ingressos que receberam apenas um mês, ao contrário do que foi acordado com o Governo e que era pagar um mês no início de Fevereiro e em cada mês receber juntamente com outros funcionários públicos. Ainda assim, Biaguê disse que alguns professores ainda não receberam este mês pago. “Segundo informações que recebemos, os que não receberam irão receber os salários apenas no final de Março. Se isso é verdade ou se for a verdade, perguntamos como é que este professor pode voltar a sala de aula? Vamos imaginar quem vive em Komo ou Cacine, então vamos pedir a estes para voltarem sem nenhum tostão”, questionou Alfredo Biaguê.
Alfredo Biaguê disse que a seu ver as pessoas não quer ver a educação a funcionar e andam a brincar com erário público.
Para terminar o brifing com os jornalistas Biaguê disse que frente comum está firme na greve decretado por união Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), que segundo ele só terá o seu termino no dia 28 do mês corrente.
Iaia Sama