A responsável da Unidade de Conteúdos e Redes no Bureau das Nações Unidas para a Redução de Riscos e Catstástrofes (UNDRR) defendeu dia 3 de Setembro corrente,ser importante acções de sensibilização junto das comunidades sobre o impacto negativo de riscos de catástrofes na vida das populações. De igual modo, considera de fundamental nessa luta de redução dos riscos, os Estados cumpram os engajamentos internacionais em termos orçamentais para essa área.
Falando num webinaire em parceria com a REMAPDSEN e que juntou mais de 6 dezenas de jornalistas, Fanny Langella abordou o tema “Compreender os desafios económicos de redução dos Riscos de Catástrofe”, tendo alertado que, existem critérios determinados em convenções internacionais sobre as percentagens orçamentais que devem ser dedicadas a estes fenómenos. Ela disse que a UNDRR tem acompanhado países nesta luta, mas acredita que, o sucesso só terá lugar, se as comunidades se engajarem.
Os jornalistas participantes levantaram um conjunto de questões para perceber num contexto onde certas catástrofes permanecem imprevisíveis, e onde os dados podem, por vezes, ser incompletos ou errôneos,como podem os intervenientes manter estratégias fiáveis e credíveis de gestão de riscos, especialmente a nível local. na resposta a esta pergunta, langella insistiu que, a comunicação para a redução de riscos de catástrofes deve centrar-se na sensibilização com vista a mudança de comportamentos. “Existem dados que colectamos em parceria com alguns países. São indicadores que orientam algumas intervenções”.
Durante cerca de duas horas, Fanny Langella falou para jornalistas de mais de 30 países africanos com o objectivo de reforçar a componente sensibilização que deve envolver os Estados e a população em geral.
A abordagem era mais na perspectiva económica, mas os jornalistas tentaram buscar as políticas da UNDRR de apoio aos Estados para combater os DRR. “Qual é a política incentivadora da UNDRR para levar os países a respeitar este compromisso de 58% do seu orçamento”, questionou um jornalista de camarões. Umdo Togo perguntou, quais são os principais obstáculos à redução dos riscos de catástrofes em África.
Em resposta a todas as perguntas, Fanny Langella começou por afirmar que, a questão de comunicação de risco, não se pode ir além e falar do engajamento comunitário.
“As comunidades devem ser ensinadas a compreender a dimensão dos riscos e as suas consequências. Mas é importante que se aborde isso com as comunidades através das questões, mas também de percepções históricos, alfabetização, dimensão cultural. É preciso que as comunidades compreendam essa realidade e percepção local, para assim os parceiros poderem intervir”, afirmou para alertar no caso do orçamento que, a intervenção da UNDRR em apoio à cada Estado, depende das suas acções, mas também em alerta sobre o cumprimento dos compromissos e engajamentos internacionais.
“As populações não podem ser ajudadas com discursos importados. Não. As abordagens precisam de serem feitas com as suas estratégias locais, para, em conjunto, se perceber o quão será mau para eles, a vulnerabilidade aos riscos de catásdtrofe”, frisou Langela,. Alertando que, só assim se se vai adoptar estratégias de comunicação transversais e não em sentido único.
Questão da participação dos deficientes no combate aos riscos de catásstrofes
Outra questão colocada está ligada a deficientes. Como é que as políticas de redução dos riscos podem abranger os deficientes. Fanny Langella lembra alguns lemas de algumas associações de deficientes com quem trabalharam em determinados países que eram “nada para nós, sem nós”. “Não se pode fazer nada sem os deficientes. É importante que eles participem na elaboração dos projectos. Que contam quais as barreiras e como ultrapassá-las. A UNDRR incentiva os países a respeitarem este princípio”, disse.
Em relação à aquilo que têm feito com os maiores poluidores, Langella assegurou que, há princípio de poluidor pagador. “Os riscos não páram em fronteiras. Os países desenvolvidos, têm efeito cascade, campos de aprovisionamento nas suas economias. São precisas acções colectivas. A redução dos riscos e adaptação climáticas, têm pontos comuns. É preciso desenvolver políticas coerentes. Mutualizar os recursos e optimizar as acções neste domínio. É preciso saber como é que s trabalha com o sector humanitário. Optimizar as acções no contextio de recursos limitados”.
Como revelou, há um plano de acção sobre os riscos prováveis, resultante da análise de riscos. Com base neste plano, desenvolveu-se o sistema de aletrta precoce. “Gestão do território é coração de redução dos riscos de catástrofes. É preciso conhecer os riscos e saber da carta dos riscos. As populações devem ser ensinadas a não construir em zonas vulneráveis”.
Sabino Santos