O Presidente Umaro Sissoco Embaló qualificou hoje (23 de Junho) de normal, uma eventual notificação da Polícia Militar à Tcherno Bari, vulgo Tcherninho, ex-responsável de segurança do Presidente da República. Ao comentar a presença dos militares que inclusive fizeram buscas na residência do mesmo, Sissoco Embaló qualificou de forte, a utilização de termo “invasão a casa de Tcherninho”, porque acaba por ser a dramatização de uma situação normal e recorrente na actuação da Polícia Militar.
O PR não entrou em pormenores sobre a situação de Tcherninho, porque disse ter acabado de regressar ao país sem ter informações, mas não tem dúvidas de que, quem é militar pode a qualquer momento ser escrutinado pela polícia.
Aliás, lembrou que, ele mesmo ser um exemplo desse procedimento, porque quando “desertou das FA”, sem ter cumprido ás suas obrigações, foram os militares da Polícia Militar que deslocaram a sua casa para lhe fazer regressar ao aquartelamento.
“Invadido? Não. Penso que as pessoas usam terminologias e linguagens um bocado fortes. Quando se fala do Chefe de Segurança do PR, ou se trata de Militar da Presidência, é um assunto militar. Nem todos deviam saber. Mas, infelizmente aqui politizamos tudo. Quando se diz que a Polícia Militar foi lá, é porque o assunto é militar. Porque, quem é Polícia Militar? É aquela estrutura que regulamenta o comportamento de qualquer outro militar”.
Foi depois disso que o PR recordou que, pessoalmente, quando desertou das FA, quem me foi buscá-lo foi a Polícia Militar. “Tinha de ser, porque desertei sem atingir o período mínimo para sair das FA. E da nossa parte, fomos responder e sofremos o castigo de acordo com a infracção cometida. Aplicaram contra nós, RDM (Regulamento da Disciplina Militar)”.
Totalmente revoltado com a situação vigente, o PR alerta que, não se pode sistematicamente falar de sequestros. “As pessoas até vão roubar, depois recusam-se ir responder e se forem buscá-los, diz-se que é sequestrado. Não é verdade. Há muita dramatização”.
“Infelizmente é a sociedade que temos. Penso que, se o Chefe de Segurança do PR for notificado, tem de responder. O PR é Comandante Supremo, mas não é Polícia Judiciária, nem da PJ. Eu não estava cá. Se ele foi chamado pela Contrainteligência Militar, vamos aguardar. Não estava aqui; acabei de chegar e espero que terei as necessárias informações”.