“Não há necessidade de reconciliação na Guiné-Bissau, tout curt”. Foi assim que, Umaro Sissoco Embaló, Presidcente da República reagiu o recente encontro entre o ex-Secretrário de Estado de Transportes e ex-porta-voz do PAIGC, João Bernardo Vieira e o ex-Presidente da Repúblioca, José Mário Vaz. O encontro que teve lugar em Calequisse terra natal do ex-PR, facilitado pelo deputado, Cipriano Mendes Pereira “Nhina”, e sustentado pelo seu mentor com uma alegada ‘Agenda de Reconciliação’, parece nesta fase não ter acolhido neste primeiro, o apoio do Presidente da República. Sissoco embaló disse que há muita teatrização na Guiné-Bissau e políticos falidos costumam inventar as coisas.
Nem o estatuto de José Mário Vaz como ex-PR ou tutor de Umaro Sissoco Embaló para o cargo de Primeiro-ministro conseguiram mudar a posição do Chefe de Estado. Confrontado pelos jornalistas com a vontade de José Mário Vaz em participar no processo de reconciliação, o Presidente da República, com face totalmente transformada disse que não sabe quem e quem está em contenda. “Já ouvi isso há mais de 20 anos. Pergunto: quem e quem vai reconciliar. Ajudem-me! Ouvia isso á mais de 20 anos. Ouvi isso na então ANP e acabei com a comissão de reconciliação. Recusei a Comissão, porque não gosto de teatro. Sou uma pessoa pragmática.
Na África do Sul, em Ruanda cada cada um assumiu . Na Guiné-Bissau, quem matou? Aqui o Presidente foi morto, Nino Voieira, E sabememos quem matou quem. Foram tentar matar-me e políticos disseram tratar-se de mentira. Reiteradas vezes disse que UDIB (espaço de cinema) está encerrado. Mas se quiserem podemos abri-lo e continuar. Mas eu, enquanto Presidente da República isso não vaio acontecer”.
No dia em que vou saber quem e quem vai reconciliar, vamos discutir. Mas quando um político falir e quer dinheiro ou autopromoção, sai com iniciativas dessa natureza. Se eu quiser a autopromoção seria eu a fazxê-lo. Vocês viram aqui, o Aeroporto. Sabem quando isso acabar, quais as companhias que virão. Essa dinâmica que é intyeressa.
Vitória solitariamente celebrada
Entretanto na sua página pessoal bfacebook na qual publicou o vídeo do encontro com o ex-Chefe de Estadio, João bernardo Vieira escreveu que foi “Um encontro muito produtivo e como o Presidente Jomav disse “só quem não quer o bem da Guiné-Bissau que não aceitará a Agenda de Paz e Reconciliação Nacional”.
Na mesma publicação, pode ler-se que, “ainda existe muita raiva escondida e muito ódio acumulado neste país. Contudo temos que ter a coragem de perdoar uns aos outros e construir pontes para que haja um entendimento nacional”, fim da citação.
Já de forma mais detalhada, João Bernardo Vieira salienta na sua escrita que, no âmbito da Agenda de Paz e Reconciliação Nacional que tem liderado de algum tempo a esta parte, foi recebido hoje (10 de Junho) pelo Ex-Presidente da República, José Mário Vaz (NANTOY), na sua terra natal, em Calequisse, norte do país, na presença do Deputado da Nação, Cipriano Mendes Pereira vulgo “Nhina”, a quem agradeceo os bons ofícios. “A casião serviu para falarmos da nossa “Mãma Guiné” e partilhar com o Ex- Chefe de Estado, a visão da referida agenda e a necessidade de promovermos o diálogo e a reconcialiação entre os guineenses com vista a criar um ambiente político propício para o desenvolvimento do nosso País”.
Mais adiante escreveu que, o Presidente JOMAV manifestou a sua total disponibilidade em contribuir para o bem estar do povo guineense, construindo pontes para o entendimento nacional que o País tanto necessita. “Quero aqui deixar o meu profundo agradecimento ao Presidente JOMAV, pela amabilidade que teve para comigo e o ambiente cordial que marcou o nosso encontro. OBRIGADO UPA CAIÓ”, concluiu.
