É uma decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló. O país não pode ser refém das pessoas a volta de uma dívida já saldada. O Ministério Público e a Polícia Judiciária já foram instruídos para investigar a veracidade da dívida dos funcionários de saúde e da educação. Como motivo dessa decisão, Umaro Sissoco invoca eventual fraude dos sindicatos facilitada pelos sindicatos. Embaló jura de pés juntos que, em 2017, aquando da sua passagem como Primeiro-ministro, pagou todas as dívidas da classe docente e médica e o acto foi inclusive celebrado com pompa e circunstância.
Sissoco Embaló bastante irritado com as persistentes paralisações, assegurou que, os médicos colocados no Simão Mendes vão manter, não só para substituir os outros, mas sim, capacitá-los.
O mais irritante conforme o Chefe de Estado é o ponto de situação das dívidas. Na sua opinião, não é possível, três anos depois de pagar e chegar ao poder ver um montante de dívida praticamente insuportável.
“Quando fui Primeiro-ministro paguei todas as dívidas do sector educativo. É um facto. Os professores celebraram o meu desempenho. Paguei todas as dívidas do sector social. Em 20218 saí do Governo. Três anos depois voltei como Presidente da República e estavam a apresentar rigorosamente as mesmas exigências. Não é verdade. Isto não pode ser. Não podemos aceitar. Mas não devemos desperdiçar tempo a fazer essa discussão. Vamos investigar para apurar a verdade. Se existir dívida, devem ser pagos, mas senão, não podem aldrabar o Estado. O estado é pessoa de bem. Pessoalmente é minha opinião que não há dívidas”, disse o PR.
Outra decisão que o PR considera de irreversível é a presença de médicos do Hospital Militar em Simão Mendes para cobrir a vaga deixada pelos grevistas. O PR não associa essa presença absolutamente a greve, mas sim a necessidade de capacitar às pessoas, porque, segundo os seus dados, o Hospital Militar tem mais especialistas do que o pessoal médico do Hospital Nacional Simão Mendes.
Conforme os seus dados, o Hospital Militar tem mais número de especialistas de que Simão Mendes, ou qualquer outro hospital. “Não estão lá porque há greve. Ordenei, enquanto Comandante Supremo que, aqueles jovens que regressaram de especialização, devem ir prestar serviço nos nossos hospitais para capacitarem os outros. Agora, refém dos sindicatos, não podemos ser. Isso não pode acontecer”, disse.
O PR aproveitou para falar do pedido de aumento de salário dos sindicatos e disse que não pode ser, porque existem regras que precisam de serem respeitadas. “O país vive de orçamento. Não se pode, continuar a fazer essas exigências. O FMI está aqui para fazer novas avaliações e devemos respeitar. Agora, estar permanentemente a fazer as mesmas exigências é inaceitável. Sindicatos de professores e de saúde felicitaram-me em como não havia qualquer dívida. Como é possível, três anos depois, estarem a cobrar as mesmas dívidas”, condenou, para mais adiante esclarecer que, ordenou que se reúna com a Frente Social, para saber o que exigem, mas na presença da PJ e do MP. “Vão verificar todas as folhas pagas e restantes serão responsabilizados. Quanto aos militares, vão continuar no Hospital Simão Mendes”, rematou o PR.