É uma iniciativa que está a dar resultados nas comunidades. A estratégia da Speak UP África, através do projecto, ‘Vozes Essenciais’, visa utilizar as mulheres e meninas no combate a violência baseada no género e na promoção dos direitos. no dia 5 de Março corrente, em parceria com a Rede dos Médias Africanos para a promoção de Saúde, Ambiente e Direitos Humanos, mais de 90 jornalistas de 28 países participaram num webinaire destinado a Plaidoyer e mudança social, ampliar as iniciativas locais para um impacto durável’.
Com a participação dos membros da redes, responsáveis das associações femininas partilharam as suas experiências conjuntas sobre o apoio atrativo e os resultados tangíveis de que beneficiaram graças à iniciativa Vozes Essenciais.
Awa Yanogo, da Speak UP África, diz que, o Projecto Vozes Essenciais é feito com o objectivo é fortalecer as capacidades, equipar as mulheres para participarem em órgãos de decisão e desenvolver a sua liderança para alcançar os seus resultados.
Na sua intervenção, ela pediu às mulheres que abandonassem a autolimitação e rejeitassem os estereótipos de género.
Por sua vez, Armanda Sawadogo, defendeu que, o envolvimento de líderes comunitários em casos de violência de género (VBG), a capacitação em liderança, o apoio técnico (saúde, gestão de associações, educação contínua e oratória) e o estabelecimento de atividades geradoras de rendimento (tecelagem de tangas Faso Danfani, papas enriquecidas com pó, manteiga de amendoim, etc.) são todas atividades que permitem às mulheres rejeitar estereótipos de género.
Na qualidade de Secretária-Geral da Associação de Apoio a Crianças e Mulheres Vulneráveis no Burkina Faso, Armanda Sawadogo assegurou que, nas sociedades africanas, as pessoas com deficiência não são envolvidas em atividades/decisões, muito menos as mulheres com deficiência, que são muitas vezes vítimas de todo o tipo de abuso, porque já são fisicamente frágeis. Devem ter força e conhecer as estruturas de apoio para denunciar casos de abuso”, afirmou a presidente da União Nacional de Mulheres Deficientes da Costa do Marfim (UNAFHCI).
Neste sentido, informou sobre a existência de textos legais datados de 1998 para a proteção das pessoas com deficiência. O apoio da ‘Vozes Essenciais’ permitiu estender filiais da associação ao interior do país. “Assim, defendem livremente o seu apoio social, económico e político (porque estão associados em campanhas políticas para fazer ouvir as suas vozes e as suas necessidades particulares). Sabem que são ouvidos quando as decisões são tomadas nas assembleias do governo local. “Esta é uma grande satisfação para nós”, continua a Sra. Konan.
Todos são unânimes quanto ao contributo essencial dos media para a questão da vulnerabilidade das mulheres e dos jovens. “Enquanto jovens mulheres africanas, o nosso desafio é envolvermo-nos em órgãos de decisão. Embora isto esteja a acontecer cada vez mais, os nossos desafios permanentes continuam a ser o reforço da cidadania feminina, o diálogo intergeracional, a comunicação entre pais e filhos e a transformação dos jovens em campeões locais. A nossa satisfação é que ocupamos muitos cargos nas comunidades locais e espaços de decisão e a existência de programas de rádio sobre o tema”, afirma a presidente da Associação Senegalesa para o Futuro das Mulheres e das Crianças, Fatimata Lamine Sy.
Este webinar, organizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher (DIM), comemorado a cada 8 de março.