Sociedade

Mais de 70 jornalistas discutem no Senegal direitos da mulher e das meninas em África

Iniciou hoje em Dakar (Senegal) e para um período de três dias, o ‘Fórum dos Médias sobre a luta contra a viiolência nas mulheres e nas meninas em África: respeito aos direitos humanos e autonomização’. O encontro organizado pela Rede dos Médias Africanos para Promoção de Saúde e Ambiente (REMAPSEN) com apoios financeiros da ONU FEMME e Founds Francês MUSKOKA juntou mais de 75 jornalistas provenientes de 28 países. Durante três dias, os participantes vão discurtir problemas ligados a Violência Baseada no Género (VBG), discutir as causas da mesma já identificadas e redefinir estratégias de comunicação para a sua erradicação, bem como comprometer-se na promoção dos direitos da mulher e das meninas.
Na cerimónia da abertura, o Conselheiro da ministra da Família e Solidariedade do Senegal, Omar Samb, enalteceu o importante papel que os jornalistas podem desempenhar da resolução destes graves problemas sobre as mulheres e as meninas. Para além dessas expectativas, o Conselheiro sublinha que, a problemática da violência nas mulheres e nas meninas, desafia a todos para um compromisso de luta contínua. Arlete Wondo, Directora da ONU Femme, no Senegal destacou na sua intervenção, os fundamentos que levaram a organização a aceitar a parceria com a REMAPSEN e disse que, o objectivo “é aproveitar-se do poder da imprensa e dos jornalistas” para a curto prazo, eliminar a violência baseada no género. De igual modo, segundo Wondo, a ONU Femme espera que os jornalistas sirvam de caminho através das suas acções de sensibilização e formação, para mudança de mentalidade nbo processo de combate a VBG.
Conforme a Directora, a campanha contra VBG iniciada no passado dia 25 de Novembro para culminar no dia 10 de Dezembro, Dia de Declaração dos Direitos Humanos e a contribuição dos jornalistas será extremamente importante. “Nesses 16 dias de activismo, contamos bastante com a contribuição da imprensa”, afirmou a Directora.
Ela referiu a Declaração de Beijing que, a beira de completar 30 anos, ainda está longe de ser implementada pela maioria dos países, o mesmo se pode dizer em relação ao Protocolo de Maputo. Aliás, foi com base nisso que voltou a falar de convenções, Declarações, Cartas e Protocolos que os Êstados assinaram a favor dos direitos da mulher, mas a implementação na prática em maioria deles tem sido uma letra morta.
Uma das questões salientadas na sua intervenção está ligada a existência de muitas disposições legais de combate a violência contrta a mulher ou para a promoção dos seus direitos, mas a verdade, segundo ela, dificilmente são aplicados. “Temos a obrigação de reconhecer os esforços que alguns países fazem, mas a realidade exige ainda mais”, disse, Wondo, acrescentando ser este o principal motivo de contar com os jornalistas.
O primeiro a intervir na cerimónia, foi Youssuf Bamba, Presidente da REMAPSEN. Na sua comunicação, Bamba agradeceu a crença da ONU Femme, e sublinhou que, tal dever-se-á aos resultados positivos dos fóruns anteriores nomeadamente com OMS e com a unicef. Ele apelou ao engajamentop dos jornalistas para a copncretização dessa mperspectiva dos parceiros sobre o imp+acto que as p+roduções jornalísticas vão ter. Espera-se que, após a formação serão produzidos cerca de 350 conteúdos entre, rádios, jornais, televisões e plataformas digitais.
Fora dos discursos solenes, o Fórum tratou-se de um debate no qual os jornalistas devem recolher informações, compreender algumas temáticas e, através deles, produzir conteúdos para os fins atrás apontados.
Por exemplo, a primeira precisão que os jornalistas foram feitos foi que, a violência pode ser física, moral ou psicológica e ela é praticada de diferentes formas. “Pode ser através do parceiro ou em nossa casa, pode ser por via económica opu emocional, pode ser através do casamento forçado, pode ser mutilação genital, ou ainda alguma agressão física na rua”, apontou.

 

 Debate rico e interessante
Nos temas abordados no primeiro dia, destque para: ‘Compreensão da problemática da desigualdade homem/mulher e a violência na mulher e menina’. O referido tema teve duas apresentações. Dieynaba Ndao, Encarregada de Projectos de Género e Saúde Sexual e Reprodutiva na ONU Femme, concretamente o Bureau da África Ocidental e Central, fez o contexto sobre a situação de meninas e mulheres na África Ocidental e Central e traçou um quadro absolutamente negro. Por exemplo revelou que em cada dez minutos, uma mulher morre por causa da VBG e pediu para que se façam cálculos para 24 horas; sete dias, trinta dias e umano. “Os dados demonstram ainda que, meninas de 15 anos a m,ulheres de 49 anos, cada um sofreu alguma forma de violência nos últimos 12 meses”.
Na segunda apresentação, Angela Murili, Coordenadora Regional dos Programas da ONU Femme no Bureau Regional da África Ocidental e Central, abordou o quadro normativo internacional e regional para a igualdade das mulheres e homens, bem como a promoção da autonomização. Ela apontou vários instrumentos internacionais para a defesa dos direitos da mulher ou a autonomização, mas lamenta o facto de não serem implementados nos Estados quye ratificaram.


A seguir, foram criados três painéis “desafios relativos aos direitos fundamentais das meninas e mulheres (autonomização, luta contra violência na mulhger e menijna e práticas nefastas na região africxana”.
O segundo painel de debate versou-se sobre ‘quaios as influências que exercem os medias na luta contra violência na mulher e e menina, resp’eito dos direitos fundamentais – partilha de experiência de jovens defensores dios direitos humanos sobre influência dos medias nas suas acções.
O dia terminou com o painel eminentemente jornalístico onde se procurou saber do papoel dos médias no questionamento dos governantes e as suas reacções nas questões de protecção dos direitos humanos, particularmente das mulheres e de meninas.

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