Sociedade

7ª Edição da Galien África vai discutir impacto de mudanças climáticas na saúde dos africanos

A cidade de Dakar, da República vizinha do Senegal vai receber de 22 a 25 de Outubro, a 7ª Edição do Fórum Galien África e a quarta edição do Prémio Galien. Um evento que junta investigadores, decisores políticos, académicos, inovadores e investidores para abordar problemas ligados a saúde o continente africano. Durante quatro dias, os organizadores da 7ª Edição sob lema: Acções Sanitárias e Comunitárias face ás mudanças climáticas em África”, vão avaliar o impacto que acções anteriores tiveram no seio dos laureados e produzir uma declaração capaz de servir aos países africanos em matéria de investigação, inovação e investimento na saúde.

No dia 16 de outubro corrente, Awa Marie Cool Seck, antiga ministra do Estado e de Saúde do Senegal presidente da Galien África explicou como é que Galien África começou a desenvolver as suas acções em África e particulamente no Senegal. Segundo a Presidente, Galien é uma organização com mais de 50 anos de existência, mas a partir de 2018 começou a intervir no continente Afriocano tendo realizado a primeira Edição no senegal. Dois anos depois iniciou com os prémios, equivalentes a nobel nas investigações farmaceuticas.

“Primeiro tenho de agradecer a REMAPSEN (Rede dos Medias Africanos para a Promoção de Saúde e Ambiente) por esta parceria bastante promissora e que tem dado resultados. Nesta 7ª edição vamos continuar juntos. O nosso objectivo com esta presença em África é desenvolver aquilo que Galien desenvolve nos Estados Unidos, na Polónia, na China etc… O objectivo é juntar a Comunidade Africana desde especialistas a simples cidadãos, passando pelos investigadores, políticos e decisores. Todas estas sensibilidades para que debatam a volta das prioridades africanas que possam encontrar soluções que são limpas para o domínio da saúde. Isto é, que os problemas de saúde em África sejam resolvidos com soluções encontradas em África e pelos africanos e seus amigos”, indicou a presidente.

Avaliando aquelas que foram as edições anteriores, Cool Seck revelou que, desde 2018, sempre organizam o Fórum em África, a tendência é para o crescimento das expectativas. “Começamos em Paris e subimos sempre. Cada ano, escolhemos um modo hibrido de participação e contamos sempre entre 400 a 500 presentes e mais de 1000 a 1500 em linha. Cada ano escolhemos tema diferente e temos conseguido abordar problemas em África. Em cada ano produzimos recomendações. Mas é importante que se saiba que, os problemas de saúde não são apenas médicos. Fazem parte dos problemas de saúde, as questões de saneamento, água, natureza etc… Ou seja, as mudanças climáticas são problemas de saúde e queremos que os africanos debatam e apresentem as suas recomendações”, afirmou Awa Cool Seck que é a presidente da organização no continente, acrescentando que, o que interessa Galien é falar dos problemas de África com os africanos e para os africanos.

Em jeito de comparação com as edições anteriores, a presidente lembrou que, no ano passado, Galien África debateu com os participantes as doenças não transmissíveis, mas face à aceleração nas alterações climáticas o tema deste ano foi escolhido na perspectiva de ver África mobilizado no aumento da cobertura em termos de saúde. “Em resumo, temos passado em revista temas diversos e cada um é analisado por especialistas, decisores, académicos etc. Médias face a mudança climática na crise ambiental. O alvo são jovens, mulheres e toda a comunidade africana”.

 

Saúde e a doença 

Por sua vez, Ibraima Seck, médico e especialista em Saúde Pública, Secretário geral de Galien África, Coordenador da Comissão Científica reforçando a escolha de tema ‘Acções sanitárias e comunitárias face a crise ambiental em África’, sublinhou que, Galien África acredita que os médias são importantes, porque desempenham um papel importante nas comunidades. Primeiro temos que ajudar a todos a compreenderem que, saúde é diferente da doença. “O problema de saúde é determinante em condições nas quais alguém vive e cresce. É determinante, porque outros sectores dependem dele. Sobre a mudança climática, África é um problema de comunidade. Quando se fala da comunidade, fala de todos, porque a saúde atinge a todos. O fórum é um evento enorme”.

Ele explicou quem estará em Dakar de 22 a 25 de Outubro para este Fórum. “Em África, o Fórum é sempre organizado por etapas. 22 será as academias e as suas conclusões para contribuir para a mudança climática. O segundo dia será para os jovens, mas para os inovadores. Porque em, África, o problema de inovação está ligado a promoção e capacidade. Daí os inovadores estarão face a face com os inovadores e investidores. Inovadores vão mostrar o que podem fazer e os investidores mostraram em quais os domínios querem meter o dinheiro. Falar os seus planos de negócio e de reforço das capacidades”.

Não se pode falar de jovens sem falar das mulheres. O terceiro dia será para as mulheres. Debater os problemas de género e questões científicas. Um espaço no qual as mulheres vão exprimir o seu potencial. “Importa saber que as mulheres estão de acordo e foram elas que pediram…Por último vem o fórum científico que vai juntar todos. Cientistas, decisores políticos, decanos, académicos, jornalistas. Todos aqueles que podem propor soluções para ajudar África a fazer face a mudança climática. E já no dia 25, vai-se atribuir o Prémio Galien”, explicou.

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