Política

Sissoco Embaló não vai as primárias, quer derrotar Simões Pereira e Braima Camará juntos e diz que legislativas serão em Novembro

No dia em que partiu para uma visita de Estado na República Popular de China, o Presidente da República concedeu uma declaração alargada aos órgãos de comunicação Social. Nessas declarações com direito a uma pergunta apenas, Umaro Sissoco Embaló falou da visita e dos eventuais acordos que pretende assinar e da situação política do país. É na situação política que respondeu às exigências do MADEM sobre a participação nas primárias de todos aqueles que querem o apoio do partido nas presidenciais. A este respeito, Sissoco Embaló foi claro ao afirmar que, jamais vai sujeitar-se a nenhuma primária, porque é Presidente da República. Prometeu ainda que, quando regressar vai marcar as eleições legislativas para o mês de Novembro de 2024. O Chefe de Estado insinuou a sua ruptura com Braima Camará e diz que se deve ao facto de estar a combater a corrupção. Disse que ouviu falar na possibilidade de aliança entre os dois. Daí que, afirmou que, para ele, tal aliança seria bom, porque derrotaria os dois com mais facilidade, numa só assentada.  O PR teve ainda tempo para felicitar Felix Blutna Nandunguê como presidente do PRS reconhecido pelo STJ

Dos vários assuntos sobre os quais falou, o PR começou com as exigências que a direcção do MADEM tem feito, sobre quem pretende ser apoiado pelo partido nas futuras presidenciais, devendo obrigatoriamente participar nas primárias. Umaro Sissoco assegurou ter entregue o cartão de militância do MADEM, pelo que não pode ir concorrer as primárias.

“Mas não é este o verdadeiro motivo de ruptura com os meus camaradas. O que me rompeu com eles é a minha decisão de combater a corrupção. Mas essa luta vai continuar. Como podem aperceber, todos aqueles que me atacam são pessoas do meu campo porque cortei algumas mordomias. Nunca vou renunciar o combate a corrupção. Por nenhum preço. Quem tiver os seus vícios que encontre a forma de sustentar. Cedo avisei aos meus camaradas que iríamos separar, porque os títulos de tesouro ou sentenças judiciais, jamais justificariam o pagamento nas Finanças”.

Relativamente a polémica sobre as eleições que deverão ter lugar no país, o PR garantiu que vai quando regressar desta viagem vai fazer consultas e marcar as eleições legislativas para o dia 24 de Novembro.  “O mandato do Presidente da República é de 5 anos. Não tenho qualquer problema em confrontar estes nas eleições, porque sei que vou ganhar. Mas temos que cumprir com a Constituição, porque o mandato presidencial é de 5 anos. Assim, se voltar vou marcar as eleições para 24 de Novembro de 2024. Eleições legislativas”.

O PR aproveitou para apelar maior consciência da nova geração, porque a sua determinação é ser substituído pelos mais jovens.

Felicitou Felix Nandunguê pela sua eleição no PRS e disse que não foi ele quem o elegeu para a liderança partido e nem precisa. “Mas foi validado pelo SUPREMO. Não tenho nenhum interesse em desestabilizar o PRS. Mas quero aconselhar aos dirigentes do PRS para não fazerem a agenda de nenhum partido. O PRS é um partido com 30 anos, sempre teve uma bancada. Existem partidos em extinção. Não façam agenda de ninguém”, aconselhou, aludindo a APU, que tem apenas um deputado da nação.

Foi nesse momento que pronunciou os nopm3es de Braima Camará e Domingos Simões Pereira como aqueles que quem ouviu estarem a preparar uma aliança. “Não acredito, mas se juntarem vou ganhá-los. Pedi em 2019 para me darem Simões Pereira na segunda volta e o povo ouviu. E ganhei-lhe”.

Voltou a insistir que vai levar pessoas ao Tribunal, mas lamenta a existência daqueles que lhe são ingratos. Pessoas que sempre ajudou e que hoje viraram contra o Chefe de Estado.

Disse que de tempos em tempos as máscaras vão cair. Compreendeu a revolta de Sandji com alguns camaradas, porque aquele viu o seu condutor a morrer, mas sabe quem foram as pessoas que estavam por detrás de tudo.

No caso de 1 de Fevereiro, no qual terão morrido 12 pessoas, Umaro Sissoco Embaló disse quie os mentores vão se arrepender. “Todos os cúmplices estão identificados. Não podem condenar, porque vão ser denunciados. Não haverá mais golpe na Guiné-Bissau. Quem quiser que tente. Não vou negociar nada. O que sei é que ninguém me pode tirar aqui”.

 

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