A Comissão Política do MADEM na região de Gabú votou por unanimidade uma moção de confiança de apoio ao seu suspenso Coordenador Regional, José Carlos Macedo Monteiro. Na reunião destinada a preparação da visita de José Carlos no próximo fim de semana, os dirigentes do MADEM qualificaram de arbitrária a decisão do Conselho de Direitos do MADEM que suspendeu a militância de José Carlos Macedo para um período de dois anos. Para além de qualificarem a decisão de nula sem efeito, advertiram que, se forem para um Congresso electivo neste momento, a Direcção liderada por Braima Camará vai perder. Por isso, aconselham a Direcção a abandonar a política de expulsões, sob pena do partido se desmoronar.
Os militantes asseguraram em unissono que, se José Carlos for expulso do MADEM como tudo indica, vai sair com muita gente e será muito prejudicial. Por isso, convidam Braima Camará a recuar da sua decisão de suspender o Coordenador Regional, porque se manter a posição, corre o risco de ficar sem militantes.
A reunião de Gabú é o primeiro sinal da divisão interna na região. A Coordenação Regional recentemente nomeada pela Direcção do MADEM após a conhecida suspensão não participou, mas na verdade a reunião decorreu na sede do MADEM e teve a presença de figuras com funções no partido. Uma das vozes mais ouvidas nessa reunião foi de, Mutaro Coulibali, Secretário para a Organizaçlão Sociopolítico de MADEM em Gabú. Na sua intervenção perante os colegas, assumiu ser a sua responsabilidade fazer face ao presente momento polítiuco do partido e que a reunião foi convocada a pedido de José Carlos Macedo.
Tratando sempre José Carlos de Coordenador do partido na região, assegurou que, José Carlos estará no dia 10 em Gabú e 11 e 12 vai percorrer toda a região. “Depois de convocarmos esta reunião, recebemos informações de que, o Coordenador Regional foi suspenso por dois anos. Mesmo tendo essas informações, concluímos que dirigentes de Gabú precisam de debater a situação do partido e ter mais detalhes sobre este caso. Temos as nossas opiniões. Ninguém será discriminado”, começou por referir.
Ele que foi crítico ao comportamento de alguns militantes que no passado foram usados pela Direcção do MADEM contra outros dirigentes, afirmou que, as suas opiniões são da sua inteira responsabilidade.
Nesse sentido, assumiu que, a visita de José Carlos Macedo vai manter, porque não reconhecem a decisão do Conselho de Direitos do Partido. “Mas precisamos de lembrar as pessoas que criamos o partido com leis. O Conselho Nacional de Direitos não pode estar a tomar medidas arbitrárias. Uns falam e são ouvidos e outros dizem coisas iguais e nada lhes acontece. Nós como membros fundadores, não podemos admitir isso. Por isso, não concordo com a suspensão de José Carlos. Não estou de acordo e nem vou cumprir. Não há crime de dizer que vai apoiar Umaro Sissoco Embaló”, afirmou Mutaro Coulibali.
O Secretário para Organização Sociopolítico do MADEM aproveitou mesmo para recordar as palavras de José Carlos e que valeram a tal decisão tais como anunciar apoio à Sissoco Embaló ou dizer que, se sair de manhã, o Braima Camará sai a tarde. “Para mim, isso não pode ser motivo para as suspensões”, afirmou.
Segundo ele, os militantes de MADEM devem lembrar de onde saíram e quais as razões que estivberam na origem da desvinculação com aquela formação política. “Se quando saímos alegamos todos termos sido expulsos, hoje não podemos estar aqui a expulsar as pessoas”, insistiu.
Também disse que o MADEM era unido e sem nada de tribalismo. No entanto, hoje muita coisa mudou, o que, na sua opinião não pode acontecer.
Mutaro Coulibali assegurou que é dios militantes que mais percorreu a região em mobilização para busca de militantes. “No passado, quando o Consedlho Nacional do MADEM decidiu apoiar Sissoco como candidato presidencial, outros recusaram. Será que violaram a decisão do partido ou não? Violaram. Porque razão, não foram sancionados pelo Conselho Nacional dos Direitos”, questionou como forma de denunciar dois pesos e duas medidas do órgão jurisdicional do partido.
“Por isso, devemos parar de criar intriga no MADEM. É bom que se lembre que, cada um presente aqui tem um voto e tem a sua influência. Temos que pensar no partido e salvarguardar os seus interesses. Esta decisão arbitrária do Conselho de Direitos, é nula sem efeito”, rematou.