“Há três meses, os órgãos do PTG escolheram Braima Camará como candidato à Primeiro-ministro. A partir do dia 13 de Abril, o PTG já não o considera como tal, porque ele mesmo, Braima Camará não quer e não diz a razão”, revelações do presidente do PTG, Botche Candé em Mansoa num comício popular dia 13 de Abril corrente, no qual, pede desculpas pela opção aos dirigentes do seu partido e pede a todos os guineenses para seguirem Umaro Sissoco Embaló na luta pelo segundo mandato. Nesse dia, José Carlos Macedo, até aqui militante do MADEM, apareceu no comício e usou de palavra.
A presença do actual Secretário de Estado da Ordem Pública, o demitido Coordenador do MADEM para a província Leste no comício do PTG em Mansoa, foi um dos momentos mais marcantes do encontro. Fortemente ovacionado pelos presentes, talvez por considerarem terem ganho uma figura de peso, José Carlos Macedo reafirmou o seu apoio a candidatura de Umaro Sissoco Embaló ao segundo mandato.
Macedo disse que estava em Mansoa enquanto cidadão atento e que sabe analisar quem na realidade quer o desenvolvimento do País. Antes de gritar abaixo a dirigentes que fomentam a confusão, José Carlos afirmou que a sua aproximação à Umaro Sissoco Embaló está ligada a sua determinação de desenvolver a Guiné-Bissau e as grandes obras que tem desenvolvido ao longo do seu mandato. Ele que teve uma entrada quase triunfal, abraçou o ministro do Interior, Botche Candé, Presidente do PTG e considerou-o ser um dos melhores políticos que o país tem cujo discurso está sempre virado a paz e a tolerância. “Todo aquele que apoio o segundo mandato do General Sissoco Embaló, pode contar com a minha presença”, declarou antes de abandonar o local.
O comício de Mansoa era para inscrever novos militantes, num número superior a mil, segundo informações de fontes do partido, mas a maior surpresa para além das presença de José Carlos Macedo e declaração do apoio de PTG ao segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló, foram as revelações de Botchje Candé em relação à Braima Camará. Segundo revelou, em Janeiro deste ano, os órgãos do PTG, Bureau Político e o Comité Central reuniram e escolheram Braima Camará como cabeça de lista do partido para as futuras legislativas.
“Liguei para ele e informei-o da decisão do partido e ele aceitou. Passados dias, ligou para mim a dizer que, jamais queria que nós o considerássemos candidato do PTG para Primeiro-ministro e que iria explicar-me os motivos posteriormente. Até a data presente, não me explicou a razão. Por isso, peço desculpas aos dirigentes e militantes pela escolha que outrora fizemos, mas que fique também registado que, Braima Camará já não será nosso cabeça de lista nas legislativas. Temos muitos quadros para se candidatarem para estas funções”, disse Botche Candé.
Triste com a decisão do Coordenador do MADEM, Botche Candé insistiu que a opção de indicar Braima Camará visava apenas privilegiar os interesses nacionais em detrimento de pessoais e particulares.
Resolvido o assunto Braima Camará, Botche Candé avançou por aquilo que parecia ser óbvio. Isto é, anunciar aos militantes e ao país, quem será o candidato do PTG para as futuras eleições presidenciais ainda sem data marcada. A escolha recaiu no Umaro Sissoco Embaló, actual Presidente da República, de querm Botche Candé considera merecer uma nova oportunidade.
Depois de portar o conhecido ‘kala’ de Umaro Sissoco Embaló, Botche Candé autorizou a todos os militantes do partido a usarem-no como forma de promover a imagem do PR para o segundo mandato.
Convidou a todos os movimentos de apoio e partido que querem suportar o PR a se juntarem ao PTG e justificou que, Sissoco Embaló precisa de um segundo mandato para poder desenvolver a Guiné-Bissau, porque dois ou três anos não são suficientes.
Como não podia deixar de ser, Candé fechou o conmício com um apelo a compra de castanha de caju, porque, segundo disse, há fome no país.