O Presidente da República disse no princípio da final da tarde do dia (5) que vai convocar o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o Procurador-Geral da República para que acelerem o julgamento de suspeitos da alegada tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e os detidos do recente caso de biliões de Fcfa, pagos aos credores do Estado guineense. Umaro Sissoco Embaló revelou que todos estes processos já foram acusados, pelo que urge que cada um seja responsabilizado pelas suas infrações e não ficar num impasse permanente. Sobre a crise que lhe envolve com o MADEM, o PR praticamente esquivou-se da confrontação pública, mas nas indirectas que deixou ao Coordenador do MADEM, afirmou que a sorte “de alguns partidos neste momento” foi o facto dele ter dissolvido ANP, porque caso contrário o PAIGC iria absorver todos eles como já estava a acontecer nos primeiros meses da governação.
Começando com a questão dos detidos, o tema não é pacífico e o aparecimento do PR só vai atiçar fogueira, tendo em conta que, os advogados dos detidos acusam o PR de estar a politizar um processo que devia ser judicial. No caso de 6 biliões de Fcfa pagas aos credores do Estado, há mesmo denúncias em como, os direitos dos dois detidos ex-ministro das Finanças e Secretário de Estado do Tesouro estão a ser violados e há mais de 34 horas não recebem assistência, segundo a esposa de Suleimane Seidi.
Nos últimos dias em Bissau, ganha força a possibilidade de um novo partido político para ser apadrinhado por Umaro Sissoco Embaló, em virtude da ruptura com o MADEM. O PR não foi preciso se vai apadrinhar o aparecimento da Plataforma Republicana (nome do alegado novo partido político), mas acha estranho os dirigentes do MADEM neste momento terem concentrado todas as forças em atacá-lo, em vez de organizarem o partrido, tendo em conta as eleições legislativas que deverão ter lugar ainda este ano. Disse que estrategicamente o PAIGC não se tem intrometido nessa polémica de momento e existe a possibilidade de voltar a derrotar os outros como aconteceu no passado dia 4 de Junho último.
No final da vista às obras em curso no polémico espaço Mbatonha, o Chefe de Estado defendeu que, o espaço político deve servir para outras acções, e não aos ataques como tem sido alvo por parte do MADEM.
“Ouvi as pessoas a disserem que, não sou Presidente do MADEM. É verdade que sou Presidente da República e aquilo é incompatível. Agora, mesmo quem recebe vacina na cabeça, sabe o impacto que as minhas acções têm no MADEM G-15. Vir dizer que não sou fundador do MADEM, é triste”, lamentou o PR.
Contrariamente ao habitual, o Chefe de Estado falou pouco da governação, porque os últimos acontecimentos o afectaramn. Chegou mesmo a falar de questão familiares, sobretudo nas recentes denúncias da ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa com quem tem um caso conjugal, mas que agora está no estatuto de ex-marido.
Numa conversa ouvida entre a ex-ministra e uma alegada esposa do PR da nacionalidade marroquina, a antiga chefe da diplomacia acusou Umaro Sissoco Embaló de falta de seriedade e de mentir em certas ocasiões sobre certas mulheres e no caso da interlocutora, disse que era uma Conselheira. Numa indirecta a ministra, disse que só dá satisfações à Denísia dos Reis Embaló, que oficialmente a primeira e mais nada.
“Não estou aqui para confirmar se é verdade o que ouviram. Estou para dizer que estou triste, porque foi exposta a vida do Chefe de Estado. Isso tocou-me. Para os meus filhos não estou assim tão preocupado, mas a minha esposa Denísia dos Reis Embaló. Tenho filhos e tenho a Primeira Dama que deverá chegar ao país ainda amanhã e nem sei o que posso dizer-lhe sobre este assunto.”, comentou.
Já numa tentativa de sair um bocado mais aliviado, o PR afirmou que não está preocupado com a conotação de ter tantas mulheres, porque, conforme as suas palavras, “é legal no país” sobretudo “aceitável homem bonito”.