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Defesa e o advogado Vaílton Pereira desmentem o Comissariado e acusam os serviços da Presidência de invasão ao telemóvel

O advogado, Vaílton Pereira Barreto revelou dia 29 do corrente mês que ninguém vai conseguir condicionar a sua vida, amedrontado, não vai sair do país por causa de alguma pressão. Reagindo ao recente incidente que o envolveu com homens da Presidência que depois envolveu PIR e Brigada Trânsito do ministério do Interior, o causídico garante que vai manter a sua personalidade, não será condicionado e continuará a viver no seu país. Pereira Barreto disse que não é advogado político, mas sim professor de direito, contrariamente as mentiras do Ministério do Interior. Sobre as motivações da sua perseguição e detenção, o advogado não tem dúvidas em como, está-se a esconder muita coisa, sem ninguém chamar o nome de Tcherninho ou dizer que foi levado para Presidência da República.  Para ele, o resultado do teste de álcool é mentiroso, não só não existe, como foram falsificados os números que anteriormente avançaram na Brigada.

A conferência de imprensa do advogado para além dos quadros elementos escolhidos pela Ordem, tinha a presença do Bastonário de Ordem, Januário Correia. Vaílton Pereira aproveitou denunciar que foi vítima de denúncia caluniosa, e contra ele, foram cometidos vários crimes nomeadamente a comunicação de detenção sem data de liberdade ou a invenção dos factos de todo o imbróglio.

A defesa do advogado revela que, o Comissariado da Ordem Pública faltou a verdade, sobretudo quando, Salvador Soares disse que estavam a tratar de um suposto acidente. “Não houve nenhum, acidente entre o Vailton Pereira com qualquer carro. Não há nenhuma outra viatura capaz de provar isso”, disse Victor Imbana. Os advogados questionam o que é que envolvem os serviços da Presidência ao ponto de levarem alguém supostamente envolvido em acidente para á Presidência da República. O advogado foi levado a Presidência, a PIR e só depois para a Brigada de Trânsito.

Baseando na narração dos factos, conclui-se que no dia 20 (data dos acontecimentos), o advogado foi vítima de uma perseguição. Ele explica que, só se apercebeu da situação quando parou no semáforo nas zonas do Hotel Ledger. Um um grupo constituído por 4 homens de armados abordou-lhe e ao mesmo tempo abriram a porta do carro e retiraram-lhe forçosamente com gritarias e muito surruru.

De imediato, como explicou retiraram-lhe o telefone e depois de alguns comentários, Tcherno Bari (Tcherno) deu ordem para ser levado a Presidência.

Segundo ele, quando tiraram-lhe da Presidência levaram-no para o Ministério do Interior, mas não lhe agrediram. “O Comportamento deles mudou por completo. Fizeram-me perguntas ligadas ao pagamento de 6 biliões de Fcfa; outras sobre a minha vida e depois levaram-me para Brigada de Trânsito. Quem me levou saiu e ficamos com os outros. Pediram a minha identificação e depois deram ordens para eu ir a casa”.

Já no dia seguinte, continuou, ainda de manhã em casa foram convocá-lo num domingo, para ir levantar o meu tml e prestar declarações sobre acidente. “Fiquei exclamado sobre isso, porque não tive nenhum acidente e nem sei com quem cometido acidente. Mesmo assim, fui lá com um carro particular. Na Brigada de Trânsito pediram para que explicasse o que aconteceu no dia anterior. Lembrei-lhes que já puseram-me soprar uma caixa asqueroso e sujo. Como é que iriam pôr-me de novo a responder mais questões”, criticou o advogado.

O advogado explicou os cenários que se seguiram a estas cenas e no dia anterior, aqueles que lhe mudaram o comportamento e fundamentos da sua detenção. “Depois de lhes confrontar com muitas questões, foram lá e prometeram prisão sem saída. Obrigaram a minha entrada para a prisão. Levaram-me lá, fiquei sentado muitas horas. E disseram que não iria sair, mesmo não cometendo crimes. Fiquei lá. Horas e horas depois disseram-me que estava em liberdade e que devia sair. O registo dos agentes da Polícia foi mudando a medida que recebiam instruções. O que falaram, comigo não tem nada a ver com o que estavam a fazer”.

Em todo este processo, Vailton Pereira Barreto nutre uma convicção. Alguém estava interessado em conhecer a sua rotina comunicativa e explica: “Tentaram aceder o meu telefone 21 vezes. Estou a tentar saber quais os conteúdos que acederam e o que acederam.  Estou a trabalhar com peritos e sei que vai durar seu tempo. Mas objectivamente o que queriam era aceder ao meu telefone. Acho o que me aconteceu é a intenção de violar as minhas comunicações. Contrariamente aos coisas que esta ditadura que se pretende implantar no país faz, não fui agredido. O objectivo deles era tentar entrar no meu telefone”.

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