O Presidente da República disse na manhã desta terça-feira (23) que, aqueles que mais criam complicações nos quartéis, com tentativas abortadas de golpes de Estado, são os militares recrutados depois da guerra de 7 de Junho. Num discurso depois das promoções feitas por ocasião de 23 de Janeiro, dia dos combatentes, Umaro Sissoco Embaló reafirmou que, qualquer um que voltar a tentar golpe de Estado ou criar a desordem no país “terá a merecida resposta”. O Chefe de Estado aproveitou para informar que, foi ele quem interditou ao PAIGC a deposição de coroas de flores no Mausoléu Amílcar Cabral a partidos e a estranhos, porque aquela atitude é de partido Estado e não nas eras democráticas. O PR disse que, quem quer o poder deve ir as urnas, mas nunca refugiar-se atrás dos militares. Embaló felicitou os militares graduados e alguns que já vão para a reforma e aproveitou para convidar ao Estado-maior a rejuvenescer o efectivo militar guineense.
O Chefe de Estado defendeu a necessidade de reforçar a componente disciplina, tendo prometido que as forças armadas devem rever-se no seu RDM. Ele acha que, há muita interferência política nos assuntos militares e pediu a todos aqueles que têm sentimentos partidários para se desvincularem.
“Comigo tolerância zero a desordem nos quartéis. Não podemos aceitar que continuem a ser pessoas que vão usar armas para matar as pessoas com o objectivo de dar pder aos outros. Comigo, quem quer poder tem de ir as urnas. Não podemos pensar que os militares devewm servir de bengala para alguém chegar ao poder”.
Umaro Sissoco Embaló voltou a afirmar que, está determinado a lutar contra corrupção e desordem na Guiné-Bissau e a sua determinação é reposicionar a Guiné-Bissau no concerto das Nações. “Infelizmente temos pessoas que falam mal do país. Nunca se ouve um cabo-verdiano a falar mal do seu país. Por isso, já disse ao ministro do Interior e o Comissário que, a desordem tem de acabar. Quem criar a desordem aqui vai ter a tresposta adequada”, avisou o Presidente.
Numa indirecta ao impedimento do PAIGC para depositar coras de flores, Umaro Sissoco Emnbaló disse que, com ele, jamais situações dessa natureza vão acontecer. “O que queriam é da era do comunismo. Na era democrática, não há partido Estado. Não foi ninguém que impediu. Fui eu. Não foi, Rui (Primeiro-ministro), nem o Biaguê (CEMGFA). Fui eu”, assumiu e acrescentou:
“Não podemos aceitar nenhum partido apoderar-se dos actos do Estado, só porque o dirigente dirigiu aquele movimento. Amílcar dirigiu o PAIGC como Movimento guerrilha, mas agora os actos são do Estado. Hoje na Guiné-Bissau, crianças da escola, chegam aqui. Acabou. Eu, enquanto Presidente da República, o Estado vai assumir isso. Nenhum partido jamais o fará. Não o fazem com Mondlane; Agostinho Neto, Kwame N’krumah, etc… Não será aqui. Já vos disse que, comigo, a bagunça e pagaye acabaram”, assegurou o Chefe de Estado.
Um dos temas introduzidos pelo PR no seu discurso é a reforma nas forças de defesa e segurança de que tanto se fala na Guiné-Bissau. Para ele, todos aqueles que falam em reforma têm outros propósitos e nunca dizem a verdade. “Reforma são os descontos que hoje fazem. Aqueles que dizem que tê dinheiro para a reforma nas FA, são falsos. Ninguém tem dinheiro para a reforma que não sejam os descontos. Portanto são todos mentiras ou intrigas para criar polémicas entre nós”, disse o PR.