Política

Ex-Presidente da Juventude desfere severos ataques à Fernando Dias e qualifica de “equívocos” certas intervenções

O ex-presidente da juventude de Renovação Social considerou de inoportunas e equivocadas as persistentes intervenções do Presidente interino, Fernando Dias. Vladmir Djomel, num encontro realizado dia 22 de Janeiro com os militantes do PRS no Círculo 25 em Bissau, afirmou não compreender o que é que está por detrás do presidente interino que, sempre que intervém, deixa recados e indirectas a outros dirigentes do partido. Djomel acha que, neste momento, está evidenciada a incapacidades de Fernando Dias continuar a dirigir o PRS, por isso não tem dúvidas que no próximo Congresso, os militantes vão fazer justiça. Aos militantes da base do PRS na qual falava, Vladmir Djomel prometeu para assegurar que no dia em que chegar o momento voltará para dizer o que pensa, porque ele não gosta de jogar antes do início da partida.

“Quero lembrar ao Presidente interino do PRS, Fernando Dias da Costa que, desde que este partido foi fundado, todos os seus problemas são resolvidos internamente. Mas, ele parece que esqueceu isso. Sempre que fala, deixa indirectas a outros dirigentes. Diz um escritor nigeriano: se você atirar pedra no mercado, podes atingir o seu irmão. É o que aconteceu com as suas indirectas”, começou referir.

Vladmir Djomel afirmou na sua intervenção ter ouvido Fernando Dias da Costa num evento com os jovens a falar de carácter e dignididade. “Estava a seguir um directo e ri-me bastante daquilo. Mas acreditem que não vou desenvolver aqui, os motivos”, disse.

Segundo ele, também ouviu Fernando Dias a elogiar a juventude do PRS. “Disso gostei. Gostei porquê? Porque desde 2013 que estivemos a organizar e a consolidar aquela juventude. Mas ele deve saber que a juventude não é o seu património. É vanguarda do PRS se se transformar. Prova disso, foi em 2003, quando o PRS foi em 2003, quando o PRS foi vítima de golpe, quem saiu para defender foram os jovens. Portanto, se Fernando Dias transformar a juventude do PRS em seu património, vai desaparecer”, alertou Vladmir Djomel, ex-presidente da Juventude.

Desarmando sempre as afirmações do presidente, Djomel destacou ter ouvido ainda Fernando Dias a afirmar que, a juventude do PRS sempre esteve ao lado da Direcção. “Penso que ele terá esquecido. Digo o contrário: os sempre estiveram na oposição. Nunca estiveram com a direcção. Fomos ao 3º e 4º Congresso temos prova de onde a Direcção da juventude estava”, assegurou em alusão ao período que Fernando Dias dirigiu a juventude e sempre se opôs a Direcção de Koumba Yalá e depois de Alamara Nhassé.

O ex-presidente da juventude afirmou ter ficado todo este tempo, porque sabe que Koumba Yalá e Alberto Nambeia nunca tentaram destruir o PRS, pelo que tal não deverá acontecer na era dos mais jovens. “Mas devo dizer-vos que estive presente e sei como é que as pessoas chegaram onde estão. Pediram para assumir determinado peso, mas ao concluírem que já não pode é só pedir igualmente que sejam retirados”.

Nas suas persistentes intervenções, Fernando Dias garante sempre que vai ganhar o futuro Congresso do PRS. Vladmir Djomel responde: “Ninguém pode ganhar jogo antes de iniciar. Nem o Messi. Tem 8 bolas de ouro e sempre ganhou-as em campo.  Ele quer ganhar o Congresso, antes de chegar, parece que está equivocado”, atacou, acrescentando que, Fernando Dias está a debater antes de tempo. “Se quiser, estamos pronto, até porque estamos na oposição”.

Insistindo que Fernando Dias devia conhecer o PRS, Vladmir Djomel defendeu que, a democracia deve reinar no PRS. “Neste momento o partido tem um policiamento terrível. Basta ter ideias diferentes do presidente ou da direcção, és insultado”.

Conforme assegurou, o mais triste foi quando a mãe faleceu. “Disseram que levei quatro mulheres. Tenho uma mulher, que se chama Titina Nhaga. Depois de casarmos ela ganhou o apelido Djomel. É com ela que vou a todos os lados e apresento toda gente. Não tenho mais outros”, disse. Voltando a situação interna do partido, Djomel considerou o PRS da sociedade. “Falamos em nome dele. Sempre estivemos atrás do PRS. Haverá Congresso do PRS. Com vontade ou sem vontade de alguém, haverá congresso. Quando esse dia chegar, volto. Jogo sempre quando é necessário“.

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