Política

Desastre eleitoral de 2023 ‘força coligações’ dos opositores do PAIGC e apoio à ‘eventual’ 2º mandato de Sissoco Embaló

A vitória eleitoral da Coligação PAI Terra Ranka dominada pelo PAIGC (elegeu 48 dos 54 deputados) continua a ter efeitos nos seus opositores. Depois do PRS e APU ter firmado acordo na semana passada, por supostamente partilharem a mesma base eleitoral, o mesmo vai acontecer brevemente entre o MADEM e o PTG igualmente pelos mesmos motivos. O Presidente do PTG já recebeu luz verde do Comité Central do seu partido para negociar acordo com o Movimento Alternância Democrática. Todas essas alianças, quer entre o PRS e APU como o MADEM e o PTG, têm um denominador comum: apoio a eventual segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló nas presidenciais a serem realizadas numa data a definir. Botche Candé, presidente do PTG já avisou que, o seu partido “só fará acordos com que estiver disponível para apoiar o segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló”.

No dia 21 de Janeiro em conferência de imprensa, Botche Candé assegurou que, o Acordo que vão negociar e seguramente assinar com o MADEM “terá enormes vantagens em termos eleitorais”. Contudo, disse que, cada um dos partidos terá 50% em termos de direitos em todas as opções possíveis de negociar desde candidatos a deputado, membros de Governo, até ás Direcções-Gerais.

“Agora, o PTG vai deixar um ponto claro: quem quiser fazer o acordo connosco ou aderir acordo que vamos assinar, tem de estar disponível para apoiar o segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló”, alertou.

Dias antes dessas declarações de Botche Candé, o Coordenador do MADEM também já havia dado sinais do eminente Acordo. Braima Camará falou da pertinência der alianças políticas de partidos de mesma base eleitoral. Como forma de enaltecer às consequências de ida as eleições de forma separada, Camará chegou ao ponto de afirmar que, os 54 deputados da Coligação PAI Terra Ranka não têm nada a ver com o número de votos, mas sim o aproveitamento dos votos perdidos pelos demais partidos.

“É por isso que estamos a pensar em alianças. Ter aliança capaz de aproveitar todos os votos da mesma base eleitoral. Houve um trabalho feito pelos nossos quadros e concluíram que perdemos bastante com a divisão”, disse Braima Camará.

Botche Candé aceitou ainda comentar a possibilidade de Braima Camará ser “Primeiro-ministro” numa eventual vitória da Coligação que vão formar, mas advertiu que são questões futuramente para negociar.

 

Sissoco Embaló impulsionou às alianças em curso

Entretanto as alianças em curso estão a serem impulsionadas pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. No dia das comemorações dos 32 anos do PRS e da assinatura do Acordo Político com a APU, ao usar de palavra na tribuna, o PR assegurou que o sucedido estava bastante atrasado. “Cedo avisei que, PRS e APU devem andar juntos. Avisei que o MADEM e o PTG devem andar juntos. Não me ouviram e acho que todos viram o resultado. Acredito que a partir deste acordo, vão recuperar as vossas bases”, defendeu o PR.

Na mesma ocasião, o Chefe de Estado afirmou que estava a espera do mesmo em relação ao MADEM e o PTG. “São questões práticas. Quando se tem a mesma base política, a solução é união. Precisamos de unir para tirar proveito”, frisou.

Os conselhos do PR, pelos vistos estão a serem seguidos pelos partidos. Como quem não assume o desejo de concorrer as futuras presidenciais, Umaro Sissoco Embaló afirmou que ainda não decidiu, por estar a pensar noutras perspectivas.

Apesar de terem posições antagónicas e de estilarem um ódio incomensurável durante às últimas legislativas de 2023, a verdade é que está eminente a fusão de forças, pelo menos entre o PTG e MADEM.

 

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