Política

Braima Camará reconhece resultados eleitorais e promete uma oposição parlamentar construtiva

A Coligação PAI Terra Ranka foi declarada vencedora do escrutínio de 4 de Junho passado. No cômputo geral, a Coligação arrecadou 54 mandatos, contra 29 do MADEM na segunda posição, 12 do PRS, 6 do PTG e 1 da APU. Em reacção aos resultados, Braima Camará, Coordenador Nacional do MADEM dirigiu-se ao Engº. Domingos Simões Pereira como cabeça de lista da Coligação e felicitou de forma democrática. Para ele, chegou a hora de construir a Guiné-Bissau e mesmo não estando no poder, MADEM vai contribuir.

O Coordenador agradeceu de forma sentida a todos os militantes do partido, por empenho que tiveram e destacou Marciano Silva Barbeiro, bem como a diferentes estruturas da campanha que de forma exemplar e responsável aturaram o MADEM. O Coordenador agradeceu ao PR por ter permitido eleições na data prevista com segurança e equilíbrio a todos, mas para a CI que colaborou para que as eleições tivessem lugar. “Felicitamos o Governo por ter organizado eleições com meios próprios em mais de 50%”, acrescentou.

Segundo ele, o escrutínio decorreu num ambiente de civismo e maturidade e uma das estruturas que ajudou foram os observadores. “Agradecemos ao povo da Guiné-Bissau. Demonstrou mais uma vez ser ímpar, ordeiro e pacífico. É um povo digno. A democracia é feita de derrotas e vitórias. E nós no MADEM, não podemos pensar que fomos derrotados. Somos um partido novo. Fomos eleições com 27 mandatos. Apresentamos um projecto programa para resolver muitos problemas. Não fomos escolhidos. Lamentámos, mas a vida continua”, disse Braima Camará.

Para ele, depois dos resultados falou com Domingos e pede a todos para respeitarem os resultados vindos das instituições competentes. “Ontem muitos camaradas fizeram festa porque Sissoco ganhou. Hoje a CNE declarou que PAI ganhou temos que respeitar. É por isso que disse que a hora chegou de construir. Por isso, nós do MADEM, não podemos perder o espaço para fazer a política. Não somos segunda força política que deverá fiscalizar acção governativa. Vamos para o parlamento, para ajudar na reconstrução. Tudo o que é bom será viabilizado sem condicionalismos. Temos 29 mandatos, vamos saber interpretar e prometo que o povo não irá arrepender. O povo escolheu outro projecto que pensou ser melhor que o nosso”.

Por último disse que MADEM veio para ficar e vai participar no processo democrático e ajudar naquilo que pode progredir o país. “Não podemos baixar os braços. No início consideramos a democracia uma festa. E nós, não podemos esquecer. Antes desses resultados, por canais próprios, já sabíamos os nossos resultados. Não falamos, porque sabemos que a CNE é que é competente. Depois de anunciar, nós vamos assumir a nossa responsabilidade. Tudo o que acham que é bom que contém connosco”.

Numa primeira instância não falou da demissão das funções de Coordenador como prometeu, tendo garantido apenas que a luta vai continuar. Respondendo as perguntas dos jornalistas, Camará começou por garantir que, tendo em conta os resultados eleitorais, o Povo confiou a responsabilidade de liderar a oposição e fiscalizar acção governativa. “Estamos dispostos a participar nas soluções que possam garantir a estabilidade. A Coligação tem maioria absoluta não precisa de bengalas”.

Quando a demissão das funções caso não chegar os 30 deputados, disse que é militante e que o partido vai tomar uma melhor decisão sobre a matéria.

Quanto àquilo que terá falhado para terem este desaire eleitoral, Braima Camará assegurou que não falhou nada. “O que aconteceu foi a opção soberana do Povo e só temos que respeitar”, garantiu.

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