Na recta final da campanha eleitoral, a coligação PAI Terra Ranka coordenada pelo PAIGC e o seu presidente, tem multiplicado acções políticas. Um poco por todo o país, os comícios da Coligação têm sido rumarias. Até nas zonas onde o partido alguma vez foi hostilizado, as expectativas de um bom resultado, segundo os seus dirigentes, têm sido positivas. Em Bafatá no último fim de semana, Domingos Simões Pereira chegou a noite, falou a população local e deixou recados ao Presidente da República que já prometeu que não vai nomear certos dirigentes da coligação e do PAIGC para funções de Primeiro-ministro, mesmo que o partido ganhe.
“Que ninguém pense em travar a revolução social iniciada no dia 16 de Maio”, disse em alusão ao dia em que iniciou a campanha eleitoral no norte do país. E a resposta é claramente uma alusão ao Presidente da República a quem, o PAIGC já endereçou uma carta aberta a pedir que “dê chance de paz e estabilidade a Guiné-Bissau”.
Consideradas bastiões do MADEM, as duas regiões do leste do país têm estado sob disputa cerrada de diferentes partidos políticos. Dos partidos mais destacados e que aspiram a vitória, o PAIGC é rigorosamente o último a passar na região, mas existem expectativas por exemplo, do MADEM voltar a região, tendo em conta tratar-se de uma zona em que elegeu mais deputados em 2018, mas que agora está fortemente ameaçada.
Depois de apontar promessas falhadas feitas pelo actual regime apoiado pelo presidente da República, o Coordenador da Coligação falou das propostas eleitorais do PAI Terra Ranka em modo explicação. “Enquanto estiverem a guerrear-nos, vamos responder com uma mão apenas. A outra mão será para actualizar o nosso programa Terra Ranka. Um programa de reconstrução nacional e que todos vão beneficiar”, disse.
Segundo Domingos Simões Pereira, no Programa Terra Ranka, estão os compromissos que apresentaram a Guiné-Bissau em 2014 e que mereceram a aprovação dos cidadãos. “São problemas de saúde que queremos resolver; problemas de educação; de infraestruturas; da justiça; da segurança e outros males. É reduzir o custo dos produtos de primeira necessidade. Acreditem e votem na PAI Terra Ranka”, apelou.
Apesar dos reiterados ataques feitos por Umaro Sissoco Embaló a Coligação e a sua figura, a verdade é que, Domingos Simões Pereira tem ficado á margem de tudo isso. Contudo, explicou que, desde sua entrada no dia 16 de Maio nas zonas de Bula, apercebeu que estava em curso uma revolução social. “O Povo quer o PAIGC e seus aliados no poder. Por aquilo que vi, vi que o povo iniciou uma revolução. E que ninguém pense em travar a revolução. Porque se alguém experimentar a revolução passará por cima dele”, advertiu.