Aristides Gomes está em livre e no princípio da tarde de hoje (12) deixou o país rumo ao estrangeiro. O Governo diz que a saída está ligada a questões de saúde, mas a defesa de Aristides Gomes revela que, o Governo e o Ministério Público vergaram das suas posições devido a pressão que lhes foi exercida pela comunidade Internacional.
Certo é que, depois de muita pressão da Comunidade Internacional, as autoridades da Guiné-Bissau decidiram finalmente assumir compromisso em como, o Primeiro-ministro, Aristides Gomes podia sair das instalações das Nações Unidas onde se encontrava há 11 meses por questões de segurança.
Antes da autorização para a saída, Aristides Gomes foi ouvido pelo Ministério Público sobre crime a Transferência do dinheiro que em 2019 fez para a família no valor de 50 mil euros para o sustento de um ano. A audição teve lugar na presença dos seus advogados. No dia 11 de Fevereiro corrente, o Governo tornou público um comunicado com data de 10 do mesmo mês, no qual se pode ler que, sob a égide e magistratura de influência do Presidente da República “foi possível criar condições diplomáticas para um acordo entre a Representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau e o Ministério Público relativamente a situação do cidadão Aristides Gomes que, por livre vontade, se encontrava albergado na representação das Nações Unidas e que, por questões de saúde deverá deslocar-se ao estrangeiro com carácter de urgência, razão pela qual, assim que o Procurador-Geral da República o autorizar mediante um despacho, poderá ausentar do país para o tratamento médico”.
Quanto à audição, UH soube que a única matéria de acusação apresentada pelo Ministério Público doi a Transferência do dinheiro para o sustento dos filhos feita em 2019. A defesa de Aristides Gomes insiste que, o processo foi legal, realizado via bancária com todo o registo e ficou provado que, o dinheiro não saiu do tesouro público. A defesa de Aristides Gomes revela que o ex-PM explicou que, os 50 mil euros transferidos para a família (5 filhos e a esposa) eram para o sustento de um ano, onde contas feiras indicam que cada filho receberiam 8 mil euros.
Quanto a proveniência do dinheiro, os magistrados do Ministério Público foram explicados que, na Guiné-Bissau, cada viagem de qualquer Primeiro-ministro lhe garante uma ajuda de custo de 10 milhões de Fcfa. O PM tem ainda subsídios que ganham. “Em resumo, não souberam o que acusar”, comentou um deles.